sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

DENTES INCLUSOS - TERCEIROS MOLARES ( TEXTO DE APOIO)

( texto de apoio aos alunos do XIX Curso de Cirurgia de Dentes Inclusos  do IUEM ( 2021 - Janeiro>)

Francisco Salvado e Silva
R. Fialho de Almeida 21 , piso 1
tel. 219361150


DEFINIÇÃO
       Todo o dente que estando presente nos maxilares, não atinge a sua posição usual no arco dentário  
                                Daniel Waite 
      
                                
       Dente Incluso: Todo o dente que apresenta anomalia na sua posição ou situação que o impede de erupcionar normalmente
      Inclusão total : Rodeada de osso
      Inclusão parcial: Rodeada de osso e mucosa
       Dente ectópico: Dente localizado num espaço anatómico próximo da zona onde habitualmente faz a sua erupção
       Dente heterópico: Dente localizado numa zona mais afastada do local da sua erupção
       Dente extranumerário: dente que não pertence à distribuição usual da arcada dentária.

CLASSIFICAÇÃO CLÍNICO CIRÚRGICA GERAL 
       Inclusão óssea.
       Inclusão submucosa.
       Inclusão parcial ( semi-inclusão).
       Associado ou não a patologia local.

ETIOLOGIA DA INCLUSÃO DENTÁRIA 
       Quando o comprimento total do arco alveolar é inferior à soma dos diâmetros mesio distais das coroas  dentárias.
       Retenção prolongada de dentes decíduos.
       Traumatismos dos gérmens dentários.
       Exodoncia extemporânea de dentes decíduos.
       Dilaceração dentária.
       Presença de quistos.
       Presença de tumores.
       Presença de odontomas.
       Fibrose gengival local.
       Presença de dentes extranumerários.
       Radioterapia em fases precoces do desenvolvimento.
       Patologia sistémica associada a retenção dentária.

PATOLOGIA  SISTÉMICA
       Disostose cleidocraneana.
       Fibromatose gengival congénita.
       Querubismo.
       Fissurados.
       Acondroplasia.

 INCIDÊNCIA DA INCLUSÃO DENTÁRIA
       25  a   40% da população apresenta dentes inclusos

DENTES  INCLUSOS POR  FREQUÊNCIA
  1. Terceiros  molares.
  2. Caninos  maxilares.
  3. Pré molares  mandibulares.
  4. Pré molares maxilares.
  5. Caninos mandibulares.
  6. Incisivos.
  7. Restantes molares.
COMPLICAÇÕES  ASSOCIADAS AOS  DENTES  INCLUSOS 
       Desarmonia dento maxilar.
       Interferência na erupção dentária.
       Traumatismo mastigatório.
       Sintomas neuroálgicos.
       Quistos.
       Pericoronarite.
       Cáries profundas com lesão pericoronária.
       Reabsorção interna.
       Erupção tardia com interferência protética.
       Sinais e sintomas pouco explicados.
       Tumores.
Reabsorção radicular dos dentes vizinhos.
       Lesão periodontontal dos dentes vizinhos por perda óssea.

INDICAÇÕES GERAIS PARA EXODONCIA DOS DENTES INCLUSO 
      Prevenção da doença periodontal 
      Prevenção das cáries dentárias
      Prevenção das pericoronarites 
      Prevenção da reabsorção radicular
      Situações prostodonticas 
      Prevenção de quistos odontogénicos 
      Tratamento da dor de origem desconhecida
      Prevenção das fracturas  mandibulares
      Tratamentos ortodonticos 
      Situações patológicas periodontais 
      Caries do dente adjacente

       Prevenção da doença periodontal
      Bolsa a distal do setimo 
      Diminuição  da quantidade de osso a distal do segundo molar
      Dificuldade de higienização
      Bolsa periodontal na maxila evolui mais rapidamente e envolve a zona da fúrcula do segundo molar podendo levar á perda desse dente
      Tratamento periodontal do segundo molar é difícil.
      Extrair precocemente o terceiro molar permite evitar a perda de osso e  levar ao aparecimento de osso de boa qualidade na zona

       Prevenção da cárie dentária
      dificuldade de higienização ao aparecimento de cáries dentárias no segundo molares
-  Acumulação de materiais alimentares na zona

       Prevenção da pericoronarite 
      Frequente quando há cobertura parcial com mucosa.
      Acumulação de restos alimentares e placa bacteriana. 
      Traumatismo do opérculo.
      Pericoronarite é um processo infeccioso dos tecidos moles que rodeiam a coroa dos dentes semi-inclusos, causada pela flora oral normal 

       Tratamento geral da pericoronarite 
       desbridamento da zona do opérculo.
        irrigação da zona. ( peróxido de hidrogénio, clorhexidina)
       Escovagem .
       AB se celulite.
      Amoxicilina/ amoxi-clav
-    Clindamicina
-    Metonidazol
       Extracção do dente envolvido.
                              A pericoronarite não tratada correctamente é um fenómeno recidivante 

       Exodoncia e pericoronarite 
      Depois do controle da doençao dente deve ser extraído.
      A incidência de  alveolite seca e infecções pós operatórias é mais elevada quando procedemos á exodôncia no período activo da doença.
      Lavagem frequente com clorhexidina no pós operatório.
      Se celulite ou abcesso o tratramento deve ser o usual para estas patologias

       Prevenção da reabsorção radicular
      O mecanismo é desconhecido ( pressão do dente incluso na raiz do dente vizinho? ).
      Tratamento: exodôncia do dente incluso, tratamento endodôntico do dente vizinho ou exodoncia.

       Prostodôncia 
                      É aconselhada a exodoncia de dentes inclusios préviamente  à prótese.
                      Complicações:
      Ulceração da mucosa por compressão provocada pela prótese .
       Alterações do rebordo  pós  exodoncia 

       Prevenção de quistos odontogénicos e tumores
      Origem no saco folicular
      Quistos dentigenos , queratoquistos ou  tumores ameloblásticos 
      Espaço folicular > 3mm, o diagnóstico pressuposto de quisto dentigeno é razoável, sendo a margem de certeza muito elevada
      Dentes Inclusos

       Dor de origem desconhecida
      Patologia da articulação temporo-mandibular 
      Sindromes miofasciais, se o doente apresentar dentes inclusos.

       Prevenção da fractura da mandíbula
      Zonas mais fragilizadas associadas ao dente incluso.
      Extracção quando localizado  no traço de fractura.

       Tratamento ortodontico 
      Distalização de dentes.
      Aumento do diâmetro do arco.
      Diminuição da higiene.
      Prevenção do apinhamento.
      Dentes Inclusos

       Patologias periodontais 
      Perda óssea a distal.

      CONSENSUS   DEVELOPMENT CONFERENCE  FOR  REMOVEL  OF  THIRD MOLARS  ( 1979)
       I
       Há critérios bem definidos para a Exodôncia:
      Quistos. 
      Tumores.
      Destruição de dente adjacente.
      Reabsorção interna.
      Sintomas neurológicos.
       II
       É  ACEITE  QUE  HÁ  REDUÇÃO  DA  MORBILIDADE  QUANDO  A EXTRACÇÃO  É  EFECTUADA  EM JOVENS.

       III
       Com  os  conhecimentos  actuais  sobre  o crescimento  não  é  possível  definir  a probabilidade  de  inclusão  dentária.

N.I.C.E.
National Institute for clinical excelence)
       ….. Only patients, who have diseased wisdom teeth, or other problems with their mouth, should have their wisdom teeth removed.
       Your oral surgeon will be aware of the sort of disease  or condition which would require you to have surgery.
       Examples include:
       • untreatable tooth decay 
       • abscesses 
       • cysts or tumours 
       • disease of the tissues around the tooth
       • if the tooth is in the way of other surgery


       Contra-indicações
      Idade
      Saúde geral comprometida
      Danos iatrogénicos consideráveis nas estruturas vizinhas 
      IDADES  EXTREMAS  DA VIDA 
       Nos velhos: 
   Osso mais calcificado, complicações pós operatórias mais frequentes, complicações de evolução mais arrastada.
       ESTADO COMPROMETIDO DE SAÚDE
       Coagulopatias.
       Imunossupressão.
       Patologia respiratória grave.
       Patologia cardiaca grave.
       A partir dos 30-40 anos de idade a exodôncia dos dentes inclusos intra-ósseos
complica-se frequentemente com bolsas periodontais a distal dos segundos molares.


       TERCEIRO  MOLAR  INCLUSO

       FASES DO TRATAMENTO DE TERCEIROS MOLARES INCLUSOS 
       Estudo pré operatório.
       Diagnóstico definitivo.
       Plano terapêutico.
       Terapêutica.
       Cuidos pós operatórios.
        
       ESTUDO  PRÉ OPERATÓRIO  DO TERCEIRO  MOLAR  INCLUSO
       EXAME CLÍNICO
       GERAL.
       LOCAL.
        
       EXAME CLINICO GERAL
       Avaliação estato ponderal.
       Atitude do doente.
       Idade do doente.
       Terapêutica anteriores.
       Doenças concomitantes.
       Experiência de cirurgias anteriores.
        
       EXAME CLINICO LOCAL
       Abertura da boca.
       Tamanho da língua.
       Extensibilidade dos lábios e da região jugal.
       Palpação do dente incluso.
       Exploração da coroa dos dentes semi inclusos.
       Bolsas na face distal do 2º molar.
       Palpação da linha obliqua externa
                   ( quanto mais baixa mais fácil a osteotomia).
       Avaliar a mucosa sobre o dente incluso
                  ( regularidade, pericoronarite).
       Observação do dente oponente 
                  ( traumatismo jugal, má posição).
       Observação do dente do lado oposto.

       EXAME   RADIOGRÁFICO 
       Radiografia periapical.
       Radiografia oclusal.
       Ortopantomografia.
       Tomografia axial computorizada.

       RADIOGRAFIA  PERIAPICAL
       É o exame mais preciso.
       É o exame mais económico.
       É o exame radiológico ( excluindo a TC) que nos dá com maior fiabilidade a relação com o canal dentário.

       RADIOGRAFIA OCLUSAL
       Difícil de executar.
       Dá-nos informações sobre a orientação e posição no sentido vestíbulo lingual.
   
       ORTOPANTOMOGRAFIA
       Quando a radiografia periapical é impraticável.
       Quando o dente é inacessível à radiografia periapical.
       Quando existe um processo patológico extenso.
       Quando o 3º molar superior não pode ser avaliado clinicamente.
       Quando é necessário excluir qualquer outra patologia óssea.

       T.C.
       Relação com estruturas anexas ( seio maxilar, canal dentário etc)
       Contagem de dentes.
       Morfologia dentária.
       Posição dentária.


       OBJECTIVOS  A  ATINGIR  COM O  EXAME  CLINICO  E RADIOGRÁFICO  DO  3º MOLAR INCLUSO
( Diagnóstico definitivo

1. ORIENTAÇÃO  DO  DENTE
       Mesioangular, disto angular, vertical, horizontal, ectópico.
       Orientação do eixo dentário em relação com os outros dentes.

2. PROFUNDIDADE  DO  DENTE
       Medida entre a crista óssea e o maior diâmetro do dente.
       Permite avaliar a quantidade de osso que é preciso remover.

2. PROFUNDIDADE DO DENTE
       Avaliação da necessidade de efectuar odontossecção/ osteotomia

3.APARÊNCIA  RADICULAR
       Diâmetro das raízes.
       Curvatura radicular.
       Baqueta de tambor.
       Raízes divididas.

4. DENSIDADE  ÓSSEA
       Espessura e quantidade das trabéculas ósseas.
       Zonas de osteoporose e de osteoesclerose.

 5. RELAÇÃO  COM   O  CANAL DENTÁRIO
    Regras gerais empiricas
     a.  Canal acima do apex sem desvios 
                  ( dente em vestibular).
           b.  Desvio do canal ou diminuição local do diâmetro do canal
                  ( contacto com o canal).

6. PATOLOGIA ASSOCIADA
       Pericoronarites
       Folículo espesso.
       Quistos
       Tumores.
       Hipercimentose.
       Anquilose.

       CLASSIFICAÇÃO PARA DENTES MANDIBULARES
Classificação Pell y Gregory
       Relação com o ramo ascendente.
       Profundidade relativa do dente no osso.
       Orientação do dente em relação ao eixo mais longo do 2º molar.

       Classe I . Espaço suficiente entre o 2º molar e o ramo ascendente.
       Classe II . Espaço existente entre o 2º molar e o ramo ascendente menor que o diâmetro mesio distal do 3º molar.
       Classe III . Todo ou a maior parte do 3º molar está no ramo ascendente mandibular.

       Posição A . A zona mais alta do 3º molar esta a um nível idêntico ou superior a superfície oclusal do 2º molar.
       Posição B .  Inferior ao plano oclusal do 2º molar.
       Posição C .  A zona mais alta do dente esta a um nível inferior à zona cervical do 2º molar.

       Orientação do dente em relação ao longo eixo do 2º molar
       Vertical.
       Horizontal.
       Invertido.
       Mesioangular.
       Distoangular.


DIFICULDADE DE EXODONCIA E POSIÇÃO DENTÁRIA DOS DENTES INCLUSOS
( MANDIBULA) 

     Maior dificuldade cirúrgica e classificação
            Disto angular, classe III, C.
       Menor dificuldade cirúrgica e classificação: 
           Vertical, classe I, A.

       Factores que tornam a extracção mais simples
       Posição mesioangular 
       Classe 1
       Posição A
       1/3 a 2/3 da raiz formada
       Raízes cónicas
       Ligamento periodontal de grandes dimensões
       Foliculo com grande dimensão
       Osso elástico
       Espaço entre o 2º molar e o 3º molar
       Separado do canal dentário 
       Impactação por tecidos moles

       Factores que complicam a exodôncia 
       Posição distoangular 
       Classe 3
       Posição C
       Raízes longas e finas
       Raízes divergentes
       Ligamento periodontal fino
       Saco folicular de dimensões reduzidas
       Osso denso e pouco elástico
       Contacto intimo com o segundo molar
       Proximidade do canal dentário inferior
       Impactação óssea 

       CLASSIFICAÇÃO DO 3ºs MOLARES MAXILARES
       Posição em relação ao eixo do 7º.:
            -  Vertical, mesioangular, distoangular etc.
       Posição em relação ao nível oclusal:
           -  Classe A.
           -  Classe B.
           -  Classe C.

       Angulação Vertical
      Ocorre em 63% das situações
      Posição mais favorável para proceder á exodôncia 
       Posição Distoangular 
      Ocorre em 25% das situações
      Posição favorável para proceder á exodôncia 
       Posição Mesioangular 
      Ocorre em 12% dos casos
      Posição mais desfavorável para proceder á extracção
       No sentido vestíbulo palatino 
      Palatino
      Vestibular

       DIFICULDADE DE EXODONCIA
( MAXILA)
       Maior dificuldade: 
            Mesioangular com inclinação palatina, classe C.
       Menor dificuldade: 
           Vertical para vestibular, Classe A.

       FACILIDADE  DE  EXODONCIA DE DENTES INCLUSOS (GERAL)
       Raízes cónicas.
       Saco folicular de grandes dimensões.
       Osso circundante pouco denso.
       Ausência de contacto com o 2º molar.
       Distância considerável para o canal dentário.
       Inclusão sub mucosa.

CIRURGIA DE TERCEIROS MOLARES INCLUSOS
( TERAPÊUTICA)

       TÉCNICA  CIRÚRGICA  GERAL 
       Diagnóstico correcto e completo.
       Material cirúrgico adequado.
       Planeamento atempado ( técnica, anestesia...).
       Osteotomias correctas, eficazes, e o mais atraumáticas possível.
       Luxações suaves e mantidas.
       Utilização precoce da odontossecção.
       Efectuar hemostase completa antes da sutura.
       Sutura completa e sem tensão.
       Compressão pós operatória.
       Cuidados pós operatórios precisos.

       ANESTESIA 
       Loco Regional
       Local
       Geral sedação 

       ANESTESIA GERAL 
       Doentes de risco associado a ansiedade.
       Necessidade de controle apertado inrra operatório.
       Não colaborante.
       Dificuldade da cirurgia.

       SEDAÇÃO 
       Midazolam PO : 0,07 a 0,3  mg por kilo de peso  , 20 a 30 minutos antes da cirurgia
       Midazolam EV :  3-5 mg em administração lenta ( 5 a 10 minutos antes). Incrementos de 1mg.
       Crianças : gotas 0,2 por kilo de peso ( 20 a 30 minutnos antes) 

       CUIDADOS NA UTILIZAÇÃO DO MIDAZOLAM 
       Necessidade de consentimento informado.
       Efeitos acessórios :
      Amnésia transitória.
      Tonturas
      Fraqueza mucular 
      Cefaleias
      Sindromes depressivos
      Diminuição da libido.
       Cuidados :
      Não conduzir ou efectuar manobras de precisão durante 24 horas
      Não administrar durante a gravidez.
      Não adiministrar nos doentes com insuficiencia respiratória ou apneia do sono.
      Não abandonar o consultorio antes de tres horas depois de administração do Midazolam 
      Não administra em doentes em tratamento com antidepressivos ou com outras benzodiazepinas.
       Ter acesso a flumazenil.

       TERAPÊUTICA FARMACOLÓGICA PRÉVIA 
       Dexametasona : 4 a 8mg uma hora antes P.O.
       Deflazacort: 60 a 90mg 1 hora antes 

       MATERIAL CIRÚRGICO ADEQUADO
       Material de incisão e descolamento 
       Material de afastamento
       Material de corte de tecidos duros
       Material de exodoncia.
       Material de sutura 

       TÉCNICA  CIRÚRGICA  GERAL 
       Efectuar hemostase completa antes da sutura.
       Sutura completa e sem tensão.
       Compressão pós operatória.
       Cuidados pós operatórios precisos.
       Diagnóstico correcto e completo.
       Planeamento atempado ( técnica, anestesia...).
       Osteotomias correctas, eficazes, e o mais atraumáticas possível.
       Luxações suaves e mantidas.
       Utilização precoce da odontossecção.

       FASES DA CIRURGIA
       Incisão.
       Descolamento.
       Osteotomia.
       Odontossecção.
       Extracção.
       Encerramento da ferida.

       CARACTERISTICAS  GERAIS  DE  UMA  BOA  INCISÃO 
       Regular.
       Com dimensão apropriada para acesso à lesão patológica.
       Com profundidade apropriada
.
       INCISÃO  REGULAR 
       Uma única passagem da lâmina do bisturi.
       Sem interrupção do movimento de corte.
       Distensão prévia do tecido a incisar.
       Plano de corte perpendicular à superfície a incisar.

       DIMENSÃO  SUFICIENTE
       Acesso  fácil.
       Planeamento de modo que a sutura se encontre em tecido são.

       PROFUNDIDADE  SUFICIENTE
       Comportando em profundidade toda a lesão.
       Atingindo os planos mais fundos que o limite da lesão com margem de segurança.

       PRINCIPAIS  TIPOS DE INCISÃO
       Incisão rectilínea simples.
       Incisões complexas  

       INCISÕES PARA EXODONCIA DE TERCEIROS MOLARES 
       Incisões complexas nas regiões vestibulares da mandibula e maxila

       OSTEOTOMIA
       Utilizar sempre peça de mão com refrigeração e sem spray.
       Começar com broca esférica.
       Continuar com broca cilíndrica.
       Não efectuar osteotomias extensas mas optar por odontossecções precoces.

       ENCERRAMENTO
       Tipo de linha de sutura.
       Tipo de pontos.
       Quando tirar os pontos.

       RETIRAR PONTOS

       COMPLICAÇÕES  INTRA OPERATÓRIAS 
       Fractura do terceiro molar.
       Fractura do molar vizinho.
       Rasgamento dos tecidos moles.
       Hemorragia.
       Prolapso da bola adiposa de Bichat.
       Enfisema subcutâneo ou sub mucoso.
       Lesão do dentário inferior.
       Deslocação do dente extraído.
       Lesão do nervo lingual.
       Fractura da mandíbula.
       Fractura da tuberosidade.
       Luxação da articulação temporo mandibular.
       Comunicação oro antral.
       Fractura de instrumental cirúrgico.

       FRACTURA DO 3º MOLAR
       Aspiração eficaz.
       Hemostase.
       Observação do fragmento extraído.
       Radiografia intra operatória.
       Planear e efectuar odontossecção.

       PROLAPSO  DA  BOLA
 DE  BICHAT
       Aspiração cuidadosa.
       Recolocar com cuidado a gordura na região intra jugal.
       Suturar a ferida.
       Administrar antibióticos no pós operatório.
       Gelo precocemente.

       ENFISEMA 
       Verificar as funções vitais.
       Interromper uso de instrumental com spray.
       Aplicar gelo precocemente.

       DESLOCAÇÃO  DO  DENTE
       Palpar cuidadosamente toda a região.
       Efectuar radiografias.
       Não tentar atingir o dente com incisões às cegas.
       Se depois de efectuar manobras simples não se conseguir retirar o dente , suturar a ferida e enviar a um cirurgião oral.

       FRACTURA DA MANDIBULA
       Informar o doente
       Hemostase.
       Imobilização da mandibula.
       Enviar a um cirurgião oral.

       TRATAMENTO  PÓS  OPERATÓRIO 
       Dieta liquida enquanto estiver anestesiado.
       Dieta mole e fria durante três dias.
       Aplicação de gelo no local.
       Cabeça elevada.
       Não executar esforços.
       Manter a compressão durante 30 minutos.
       Antibióticos?
       Antinflamatórios?
       Gel de clorhexidina no local.
       Analgésicos.
       Colutório oral.
       Escovagem suave a partir das 24 horas.

       COMPLICAÇÕES PÓS OPERATÓRIAS
       Edema.
       Dor.
       Hemorragia ou hematoma.
       Alveolite.
       Trismus.
       Problemas periodontais a distal do segundo molar.
       Deiscência da sutura.

DENTES  INCLUSOS
Diagnosticar.
Planear.
Operar.


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DENTES INCLUSOS - TERCEIROS MOLARES ( TEXTO DE APOIO)

( texto de apoio aos alunos do XIX Curso de Cirurgia de Dentes Inclusos  do IUEM ( 2021 - Janeiro>) Francisco Salvado e Silva R. Fialho d...