sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

INTRODUÇÃO AOS TRAUMATISMOS ORO FACIAIS

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( ESTE TEXTO SERVE DE APOIO AS AULAS DE TRAUMATOLOGIA ORAL E MAXILO FACIAL DO 5º ANO DO CURSO DE MEDICINA DENTÁRIA DO I.U.E.M. DE 2019-2020 E NÃO INCLUI TODA A MATÉRIA DADA)
Prof. Dr. Francisco Salvado
R. Fialho de Almeida , 21 Piso1 ( Ed. SAMS)
Tel.   21 9361150
       Traumatismos dos tecidos moles
       Intra orais
       Extra orais
       Traumatismos dos tecidos duros
       Dento alveolares
       Osseos 

       TRAUMATISMOS DOS TECIDOS MOLES
       Abrasão 
       Contusão
       Laceração

       ABRASÃO
       Ferida causada pela fricção entre um objecto e  a superficie cutãnea.
       Lesão superficial ( epitélio)
       Pesquisar Atingimento raro de zonas profundas.
       Quadro Clinico:
       Lesão cutânea superficial.
       Dor intensa.
       Sangramento em toalha ou sem sangramento.
       Boa resposta à compressão.
       Nariz, mento, labios e região jugal.
       Tratamento:
       Lavagem com soro e sabão cirurgico.
       Eliminação de corpos estranhos. 
       Pomada de antibiótico .
       Penso seco e poroso ou sem penso.
       Protecção de radiação solar.
       Profunda: 
       Observação
       Enxerto cutâneo.
       Prognóstico:
       Crosta ao fim de uma semana.
       Cura ao fim de 15 dias

CONTUSÃO 
       Lesão dos tecidos subcutaneos ou submucosos sem haver disrupção da pele ou mucosa. 
       ETIOLOGIA:
       Traumatismo com objecto não cortante.
       Traumatismo interno.
       Hematomas visiveis.
       Edema.
       TRATAMENTO:
       Gelo e compressão na fase inicial.
       Exploração cirurgica se houver progressão ráida do edema ( hemorragia activa)
       COMPLICAÇÕES:
       Dispneia qundo envolvimento de vias respiratórias.
       Infecção qunado há comunicação com exterior.

       LACERAÇÃO 
       Lesão das camadas epiteliais e subepiteliais.
       Objectos cortantes.
       LOCALIZAÇÃO:
       Lábios, lingua, região jugal, pavimento e gengiva.
       COMPLICAÇÕES:
       Lesão dos músculos, nervos e vasos.
       TRATAMENTO:
       Tratar primeiro as lesões dos tecidos duros e só depois as dos tecidos moles.
       FASES DO TRATAMENTO:
       Limpeza da ferida
       Desbridamento da ferida.
       Hemostase.
       Encerramento da ferida.
       LIMPEZA DA FERIDA:
       Anestesia se necessário.
       Lavagem com soro e sabão cirurgico.
       Eliminação de todos os materiais soltos.
       DESBRIDAMENTO DA FERIDA:
       Eliminação de tecido necrosado e ou muito macerado.
       Regulraização de tecidos
       HEMOSTASE:
       Compressão.
       Electrocoagulação.
       Clampagem de vasos.
       ENCERRAMENTO DAS FERIDAS:
       Defenir necessidade de sutura.
       Sutura por planos ( linha reabsorvivel/ absorvivel)
       1º ponto nas zonas de referencia
       Retirar suturas 4 a 5 dias depois.
       ANTIBIÓTICOS:
       Quando ferida contaminada ou transfixiva.
       VACINAÇÃO:
       Tétano.
TRAUMATISMOS  DENTO ALVEOLARES 
       ETIOLOGIA 
       Quedas
       Accidentes rodoviários.
       Acidentes desportivos.
       Agressões
       Abuso infantil.
       Acidentes em parques infantis.
       ABORDAGEM DOS TRAUMATISMOS DENTO ALVEOLARES 
       HISTÓRIA CLINICA.
       EXAME CLÍNICO
       EXAME RADIOGRÁFICO

       HISTÓRIA CLINICA 
       Quem é o doente?
       Nome 
       Idade
       Morada 
       Contacto
       Dados obtidos rápidamente.
       Compreender o meio social e económico do doente.
       Quando ocorreu o acidente?
       Importancia crucial.
       Onde ocorreu o acidente?
       Contaminação bacteriana.
       AB s
       Contaminação quimica.
       Alcatrão.
       Óleos.
       Vacinação do tétano.
       Como aconteceu o traumatismo?
       Associação com outras lesões ( golpe de chicote, agressões)
       Associação com causas médicas como a epilepsia.
       Direcção e sentido do traumatismo.
       Associação com abuso infantil.
       Implicação com seguros.
       Foi efectuado algum tratamento ao doente ou ao dente até agora?
       O dente que foi afectado foi movido dentro do alveolo?
       Onde foi colocado o dente avulsionado?
       Foi efectuado alguma lavagem da boca do doente?
       Alguém viu dentes ou pedaços dentários no local do acidente?
       Recuperar os pedaços encontrados 
       Pesquisar dentes nos tecidos moles.
       Qual o estado geral de saúde do doente?
       Alergias medicamentosas.
       Valvulopatia.
       Coagulopatias. 
       Diabetes.
       Medicação actual.
       Existe outra sintomatologia associada?
       Nauseas e vómitos.
       Cefaleias
       Alterações da visão
       Estao confusional.
       Perda transitória de consciencia 
       Existe alteração de oclusão?
       Fractura extensa dentoalveolar 
       Fractura mandibular
       Condiliana 
       Do corpo
       EXAME CLINICO 
       Exame das feridas dos tecidos moles extraorais.
       Exame das feridas dos tecidos moles intra orais:
       Pesquisar fracturas dos maxilares ou do processo alveolar

       CLASSIFICAÇÃO E TERAPÊUTICA  DOS
TRAUMATISMOS DENTÁRIOS 
       Fracturas incompletas da coroa
       Follow up
       Selagem das fissuras

       Fractura horizontal ou vertical da coroa
       Tratamento o mais rápido possivel.
       Restauração da coroa ou bonding do fragmento.
       Capeamento pulpar ou endodoncia quano há atingimento da polpa

       Fractura da coroa e da raiz
       Depende da extensão da fractura. 
       O fragmento fracturado deve ser extraido.
       Endodontia ou intervenção periodontal.
       Avaliar da possibilidade recuperação da raiz ( falso coto, tracção ortodontica…).
       Extracção da raiz : implante.
       Fractura da raiz
       Fractura no terço coronário: extracção da coroa e reabilitação protética.

       Fractura do terço médio - apical: 
       imobilização ( 2-3 meses) e vigilancia 
       Calcificação da fractura
IMOBILIZAÇÃO 
       Vários materiais: fios metálicos, barras, compósito, fibra de vidro etc.
       Afastada da gengiva  e da raiz dentária.
       Não pode ser totalmente rigida.
       Possibilitar a higiene oral.
       Não provocar traumatismos

       Concussão
       Sem tratamento especifico.
       Dieta mole.
       Analgésicos se dor.
       Follow up com controle de vitalidade

       Subluxação


       Follow up.
       Se mobilidade elevada:
       imobilização
       Intrusão
       A seguir à avulsão é a situação de pior prognóstico.
       Extrusão ortodontica lenta ( 3-4 semanas).
       Vigilancia aguardando que haja erupção ( + apices abertos e dentes deciduos).
       Recolocação em posição de oclusão e imobilização ( 2-3 meses).
       Extracção dos dentes deciduos que atinjam o saco coronário do dente definitiva


       Extrusão 
       Reintrodução no alvéolo.
       Imobilização  ( 1 a 3 semanas).
       Tratamento endodontico frequente.
       Deslocamento lateral ou horizontal e fracturas alveolares

       Avulsão dentária
       A situação de pior prognóstico.
       Tratamento:
1. Conservação do dente.
2. Reimplantação do dente
3. Imobilização
4. Follow up.
       CONSERVAÇÃO DO DENTE
       Pegar no dente pela coroa sem tocar na raiz.
       Colocar o dente:
       No alvéolo. 
       Solução de Hanks, 
       leite
       Soro fisiológico.
       Saliva
       Dente no alvéolo.
       Acertar oclusão
       Efectuar radiografia
       Imobilizar durante 
       Dente fora do alvéolo  <20 minutos="" span="">
       Lavar com soro fisiológico
       Lavar o alvéolo
       Reimplantar o dente
       Dente fora do alvéolo  >20 minutos
       Solução equilibrada durante 30 minutos
       Doxicilina (1mg/20ml)  durante 5 minutos 
       Imobilização
       Informar o doente do prognóstico
IMOBILIZAÇÃO
       Mobilidade dentária: 7-10 dias
       Deslocamento do dente: 2-3 semanas
       Fractura radicular: 2-4 meses
       Dente reimplantado:
       Maduro: 7-10 dias
       Imaturo: 3-4 semanas 

       FOLLOW UP
       Pior prognóstico:
       Doença periodontal
       Paredes alveolares destruidas 
       Periodo extra alveolar  > 2 horas
       Contaminação da raiz.
       Apex encerrado.
       Vigiar:
       Vitalidade
       Reabsorção radicular
        
       TRAUMATISMOS DO MACIÇO FACIAL 
       Abordagem de emergencia.
       Diagnóstico
       Tratamento
        
       ABORDAGEM DE EMERGÊNCIA 
       Avaliação das funções vitais
       Ventilação
       Pulso 
       Tensão arterial
       Manter patente a via aérea
       Avaliar funções neurológicas 
   
       DIAGNÓSTICO 
       História clinica 
       Exame objectivo
       Meios complementares 

       HISTÓRIA CLINICA 
       Apenas depois do doente estar estabilizado.
       Como aconteceu o acidente?
       Quando aconteceu o acidente?
       Quais os objectos envolvidos?
       Houve perda de consciência?
       Quais as queixas actuais do doente: dor, alteração da sensibilidade, da visão, má oclusão?

       EXAME OBJECTIVO 
       Inspecção da face e crâneo 
      Feridas, edema, equimose
      Avaliação dos pares craneanos.
      Palpação dos acidentes ósseos
      Observação da oclusão

       MEIOS COMPLEMENTARES
       Meios de avaliação geral: 
      Hemograma com plaquetas
      Estudo da coagulação
       Meios radiológicos
      Radiografia simples
      TAC

       ETIOLOGIA DOS TRAUMATISMOS FACIAIS 
       Acidentes rodoviários
       Agressões ( incluindo com armas de fogo)
       Quedas
       Acidentes desportivos
       Acidentes de trabalho

       FRACTURAS DA MANDIBULA 
       Classificação:
      Anatómica.
      Traço de fractura
      Prognóstico clinico quanto ao alinhamento.
       TRATAMENTO
       Alinhamento .
       Imobilização (fixação). 

       FRACTURAS DO TERÇO MÉDIO DA FACE

       CLASSIFICAÇÃO 
TRATAMENTO DAS FRACTURAS FACIAIS 
       Objectivos:
      Reabilitação máxima do doente.
      Cicatrização óssea rápida
      Recuperação das funções: ocular, mastigatória e nasal.
      Recuperação da fala.
      Resultado estético agradável.
      Manter a nutrição durante o tratamento.
       Principios cirúrgicos básicos:
      Redução da fractura.
      Imobilização dos fragmentos ósseos
      Recuperar a oclusão inicial.
      Prevenir e tratar as infecções.
       Timing:
      O mais rápido possivel.
      Condicionado pelas lesões concomitantes.

TRATAMENTO DAS FRACTURAS DA MANDIBULA 
  1. Estabilizar a oclusão
  2. Alinhar os fragmentos
  3. Imobilizar os fragmentos

       TRATAMENTO DAS FRACTURAS 
       Alinhamento dos segmentos ósseos.
       Restaurar a função nasal, ocular e mastigatória
       Restaurar a estética.

       FRACTURAS DO TERÇO MÉDIO DA FACE 
       FRACTURAS LE FORT 
       Restabelecer a oclusão.
       Alinhar os segmentos ósseos
     Restaurar a função nasal, ocular e mastigatória
       Restaurar a estética.       Imobilizar os segmentos ósseos
Prevenir as coplicaçõpes ( heorragia, infecção, fistulas, alterações de visão...)

       CUIDADOS PÓS OPERATÓRIOS
       Vigiar funções vitais.
       Vigiar peso.
       Alimentação equilibrada .
       Alimentação mole durante duas semanas.
       Vigiar edema .
       Vigiar secreções purulentas.

DENTES INCLUSOS - TERCEIROS MOLARES ( TEXTO DE APOIO)

( texto de apoio aos alunos do XIX Curso de Cirurgia de Dentes Inclusos  do IUEM ( 2021 - Janeiro>) Francisco Salvado e Silva R. Fialho d...